O concurso cultural “Por uma Universidade mais Acessível” premiou, na última sexta-feira (5/8), os vencedores de sua primeira edição. Promovida pela Diretoria de Acessibilidade (Dirac/UFRJ) em parceria com o Parque Tecnológico da UFRJ, a iniciativa teve como tema a inclusão da pessoa com deficiência nos espaços acadêmicos e sua finalidade foi incentivar a conscientização acerca da acessibilidade nesses espaços.
Com um jogo baseado na “corrida dos privilégios”, atividade em que as pessoas andam para frente ou para trás de acordo com facilidades ou dificuldades em suas vidas, Gabriela Neves foi a ganhadora. “Você já teve uma aula sobre acessibilidade? Já dividiu a sala com uma pessoa com deficiência? Já teve intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) em sua aula?” Essas foram algumas perguntas do jogo apresentado pela estudante.
Gabriela marcou apenas 10 pontos em 20 perguntas sobre acessibilidade e se questiona: por que só a metade? “Era para ser uma checklist, uma lista em que todos os itens fossem cumpridos”. A mensagem é de que em outros momentos poderiam ser apenas um ou dois itens da lista, e que a UFRJ está fazendo uma série de movimentos para ampliar a acessibilidade, mas ainda existe um longo caminho a ser percorrido.
Em segundo lugar, Carlos Eduardo Abdalla tratou do conceito de acessibilidade com cinco dicas de como tornar o ambiente universitário mais acessível: não ignorar a deficiência; comunicar-se com pessoas deficientes auditivas, mesmo sem saber Libras; oferecer ajuda a deficientes visuais, quando notar necessidade, identificando-se e descrevendo o percurso, caso a ajuda seja aceita; não tratar pessoas com deficiência intelectual como crianças, auxiliando apenas no que couber; e dicas para a melhor convivência com pessoas com deficiência física, como facilitar sua locomoção e não fazer perguntas invasivas sobre a sua deficiência.
De acordo com a filósofa e escritora Marilena Chauí, a Universidade é uma instituição social, científica e educativa, com identidade fundada em princípios, valores, regras e formas de organização. Seu valor social está entremeado à criação de um microcosmo dentro da sociedade e é fundamental promover acessibilidade a todos seus cidadãos. Assim, Jessica Estrada iniciou seu vídeo. Em terceiro lugar no concurso, ela pontua que, além de alunos, nas universidades existem outras pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência, como servidores técnico-administrativos e docentes. O vídeo se encerra com a mensagem de que é preciso conscientizar a comunidade e pôr em prática políticas institucionais de acessibilidade para garantir os direitos legais dessas pessoas dentro da universidade.
Os prêmios foram feitos pelo Parque Tecnológico da UFRJ, por intermédio da Fundação Coppetec.
Publicado originalmente por Conexão UFRJ em 12 de agosto de 2022.
Acesso em 17 de agosto de 2022
Tradução em Libras por:
- Aparecida Cirlândia de J. Silva
- Camila Cardoso Fernandes.
- Érica Cristina Silva e Silva